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Foto do escritorMariana Benedetti

Setembro amarelo e infância: o que tem a ver?

Mais do que falar sobre a morte, gostaríamos de propor abrir o diálogo com as crianças desde muito cedo, para que elas consigam identificar sentimentos, emoções e consigam notificar quando algo não vai bem.


Aqui, trabalhamos com a ideia de romper com o tabu que fica por trás desse tema, que acaba contribuindo com a não informação sobre como ajudar e acolher crianças e adolescentes em situação de sofrimento. Afinal, dialogar saúde mental envolve falar sobre o que nos deixa desconfortável!


Trazer para a discussão o aumento de casos de comportamentos suicidas na infância e horas de exposição a telas que sobe cada vez mais, são dados correlacionados, já que o uso excessivo destas pode levar a isolamento, ansiedade e níveis elevados de estresse.


Importante pontuar que cada infância é uma infância e o olhar atento dus responsáveis é primordial para que essa singularidade seja validada com responsabilidade!

Muitos dos jogos em que as crianças estão em contato envolvem violência explícita, acesso a grupo de mensagens e redes sociais, que muitas das vezes não possuem ainda maturidade para usá-las de forma saudável.


Dessa forma questiona-se qual é o limite de tempo saudável para esses acessos, idade, além de um supervisionamento dos responsáveis sobre o conteúdo acessado.


Não existe receita mágica, mas queremos trazer para a reflexão: quais mudanças sociais têm ocorrido para que haja esse índice aumentado? A quais informações as crianças estão tendo acesso? Será que crianças tão novas precisam de tablets, celulares e computadores?


E mais do que isso, quem serão essas crianças no futuro?


A Campanha do Setembro Amarelo, faz referencia ao Dia Mundial de Prevenção ao Suicidio, ela teve inicio em setembro de 1994, nos Estados Unidos, o jovem de 17 anos Mike Emme cometeu suicídio. Ele tinha um Mustang 68 amarelo e, no dia do seu velório, seus pais e amigos decidiram distribuir cartões amarrados em fitas amarelas com frases de apoio para pessoas que pudessem estar enfrentando problemas emocionais. E desde então, a campanha tem conscientizado muitas pessoas sobre a importância de falar sobre esse tema, por mais que seja difícil e delicado.

Julgamos que seja importante abordar sobre o tema, pois segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), no Brasil são registrados 14 mil casos por ano de suicídios e essa é a quarta causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, os casos também tem crescido entre crianças de 5 a 14 anos, no Brasil e no mundo.


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