top of page

A necropolítica que o brasil insiste em chamar de segurança pública.

120 pessoas mortas (e aumentando..) em uma única “operação policial” no Rio de Janeiro.Corpos dispostos em praça pública, sob a justificativa de “combate ao crime”. O governo chama de operação. A mídia, de confronto.Mas o que de fato aconteceu tem nome: chacina, mais uma dentro de um projeto antigo de gestão da morte.


Achille Mbembe, ao falar de necropolítica, explica que o poder moderno se organiza pela capacidade de decidir quem merece viver e quem pode morrer. No Brasil, esse poder tem cor, território e classe definidos há séculos.

ree

A mesma estrutura que deveria garantir saúde, segurança e vida, é a que promove o trauma, o medo e o luto coletivo.


É o Estado que fala em “saúde mental” enquanto produz adoecimento psíquico: nas mães que enterram filhos, nas crianças que aprendem cedo a se jogar no chão ao ouvir um disparo, nas comunidades que vivem em permanente estado de alerta.


Frantz Fanon já dizia: a violência colonial não termina quando o tiro cessa, ela segue inscrita no corpo, no inconsciente, nas relações.


E enquanto a psicologia insistir em neutralidade, ela será cúmplice.



O sofrimento nas favelas não nasce da fragilidade individual, mas da política sistemática de extermínio que transforma o medo em ferramenta de controle social.


Pensar em saúde mental coletiva é pensar em políticas que não matem.

 
 
 

Comentários


Blog Baobá

Reflexões, histórias e conteúdos para pensar a saúde mental, a diversidade e a vida em comunidade. Um espaço para aprender, trocar e se fortalecer.

  • Facebook
  • Instagram
  • Twitter
  • YouTube
  • LinkedIn - Black Circle
  • Creme e Preto Maquiagem Natural Beleza L
bottom of page