Não é de hoje que ouvimos relatos, tanto na internet como de amigues e conhecides, que brasileires que moram fora do país sofrem xenofobia. Porém na pandemia, as ofensas, agressões e ataques aumentaram consideravelmente: a ligação de novas variantes da Covid aos brasileires e alusão às mulheres como promíscuas e "fáceis" são algumas das ofensas descritas.
Essa postagem é baseada em entrevistas pela Tv Cultura, Band, Marie Claire, Folha de S. Paulo e blogs de viagens especializados em Portugal. Os relatos a seguir foram retirados dos seguintes países: França, Portugal, Irlanda, Londres, México, Itália e se continuássemos pesquisando mais, provavelmente todos os países estariam na lista.
Na Irlanda, em matéria feita em Fevereiro de 2021 feita pela Band, entregadores de comida brasileires estão sendo atacades fisicamente por gangues. Já em 2019, foram feitas 436 denúncias de xenofobia em Portugal recebidas pela Comissão para a Igualdade e contra a Discriminação Racial (CICDR).
34,6% das denúncias de xenofobia relatam racismo. 44% das denúncias de xenofobia também relatam xenofobia pela nacionalidade brasileira. Lá, a visão que se tem du brasileire é de ladrões, mentiroses, sensuais, interesseires e constantemente relacionades à prostituição.
Denunciar as agressões não é fácil. Em um sistema de exclusão onde muitos brasileiros se veêm em situação ilegal no país em que residem, procurar órgãos oficiais pode não ser o melhor caminho. Em nossas pesquisas, encontramos o instagram @brasileirasnaosecalam , um canal online de denúncias e grupo de apoio (o grupo é apenas em Portugal, mas as denúncias são de todos os países).
Vale ressaltar que a Psicoterapia pode ajudar no combate às violências estruturais. Por aqui, fica nossa solidariedade aos brasileires que vivem no exterior.
Que possamos seguir lutando contra o aumento do autoritarismo e preconceito.
#descriçãodaimagem : O fundo é branco com textura de papel amassado. Na lateral superior esquerda, está posicionada uma forma orgânica na cor verde. Ela parece com um risco grosso na diagonal. Na lateral inferior direita, há uma forma orgânica com formato parecido com algas marinhas na cor rosa. Na lateral inferior esquerda, está posicionado o logo do Canto Baobá.
Centralizado e justificado à esquerda, está o título do post: "Autoritarismo e xenofobia". AO redor de toda a arte estão posicionados manchetes de matérias: "Samba, sexo e nudez: o estereótipo da brasileira exterior versus o assédio", "Brasileiros são alvo de discriminação na Europa devido a variante do vírus", "Brasileiros que vivem na Irlanda denunciam ataques xenofóbicos de gangues" e "Xenofobia em Portugal contra brasileiros: como reagir e onde procurar ajuda".
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