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Foto do escritorMarcos Lacerda

O Terapeuta humano.

Como se aproximar do humano como ele realmente é (ou o mais próximo possível disso)? Como conhecê-lo a ponto de perceber que a forma com a qual ele leva a vida pode lhe tirar a qualidade dessa mesma vida, aliás, o que nos ensinaram por qualidade de vida?


Quem ensina um terapeuta humano a ajudar outro humano a respeitar e tratar suas feridas? Como se ajuda alguém a enxergar em si e no mundo defeitos e qualidades antes não consideradas e, além disso, encara-las de verdade? Como a alma da gente aprende a cuidar de alma de gente?


Embasamento teórico e técnicas de manejo clínico são mais que necessárias, mas não existe enciclopédia no mundo que possa fazer alguém chegar perto de entender como é estar na pele do outro se não pelas suas próprias experiências vividas e observações do mundo e das relações.

As teorias e técnicas te ensinam o que fazer a experiências te faz “saber de tudo na ferida viva do seu próprio coração”, como canta o Belchior. Jung escreveu que “quando se compreende algo apenas intelectualmente essa compreensão permanece apenas no campo da linguagem, mas não nos penetra como um todo.


Entendemos algo na psicologia apenas quando vivemos, ou quando isso avança até a região do fazer e da experiência”. (Quem quiser conhecer a psique humana [...] o melhor a fazer seria pendurar no cabide as ciências exatas, despir-se da beca professoral, despedir-se do gabinete de estudos e caminhar pelo mundo com um coração de homem: no horror das prisões, nos asilos de alienados e hospitais, nas tabernas dos subúrbios, nos bordéis e casas de jogo, nos salões elegantes, na Bolsa de Valores, nos "meetings" socialistas, nas igrejas, nas seitas predicantes e extáticas, no amor e no ódio, em todas as formas de paixão vividas no próprio corpo, enfim, em todas essas experiências, ele encontraria uma carga mais rica de saber do que nos grossos compêndios.) C. G. Jung.


Tudo o que se estuda somado a tudo se vive e observa da vida proporciona firmeza e coragem para encarar o inconsciente do outro, as vezes cansado e ansioso por um ambiente de acolhimento e compreensão.


É vivenciar e contemplar tempestades que nos torna um abrigo melhor, é o interesse nas nossas próprias profundezas que nos dá folego para aceitar o desafio de mergulhar no mar de outro individuo.

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