Sabe-se que a indústria da beleza tem crescido cada vez mais nos últimos tempos, e que o estabelecimento de um padrão recai sobre todos os corpos. Quando olhamos esse debate para corpes de mulheres, gordes, população preta e LGBTQIA+, esse padrão estético afeta ainda mais drasticamente a saúde mental desta população, que sofre diariamente com inúmeros tipos de preconceitos, que atravessa cada corpo de forma singular e subjetiva.
Quando falamos sobre padrão de beleza, estamos falando especificamente de um mito que incidiu sobre a sociedade após a revolução industrial, fundado especificamente para solapar o desenvolvimento das mulheres na sociedade.
Hoje, esse mito vem trazendo de forma incisiva que qualquer característica que fuja dos padrões de beleza estabelecidos por uma sociedade eurocentrada e heteronormativa é completamente inaceitável e vista de forma defeituosa, ocasionando uma divisão e exclusão dus que não seguem essa normativa social.
Ao serem excluídes, o movimento que se vê é que eles busquem, de forma incessante, alcançar esse ideal de beleza para que assim consigam ser vistes, ouvides, e também alcancem algo que é de extrema escassez para pessoas que não estão dentro das normas de beleza estabelecidas pela sociedade: o acesso ao amor.
O padrão de beleza não vai deixar de existir: ele é mutável e adaptativo às circunstâncias que acabam surgindo. Mas o caminho é o mesmo: reforçar os ciclos de ódios a nós mesmes, e fazer com que nunca estejamos de fato satisfeitos com a nossa aparência.
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